Pesquisadores se
aproximam de teste de sangue para detectar Alzheimer
Pesquisadores da Rowan University School of Osteopathic Medicine estão
se aproximando do desenvolvimento de um teste de sangue que pode detectar com precisão
a presença da doença de Alzheimer, o que daria aos médicos uma oportunidade de
intervir com maior brevidade e em uma fase mais tratável da patologia.
Robert Nagele, PhD, apresentou os resultados mais recentes de sua equipe
durante a conferência da American Osteopathic Association realizada em
outubro, nos EUA.
O trabalho de Nagele concentra-se na utilização de autoanticorpos como
biomarcadores à base de sangue para detectar com precisão a presença de doenças
e identificar o estágio em que ela se encontra. Ao detectar a doença de
Alzheimer muito antes de os sintomas surgirem, Nagele espera que esses
biomarcadores de autoanticorpos relacionados à doença sejam um incentivo à
pessoa fazer mudanças no estilo de vida e que isso ajude a retardar o desenvolvimento
da doença.
Embora a causa do Alzheimer permaneça incerta, é evidente que manter a
relação sangue-cérebro saudável é uma medida preventiva importante. Diabetes,
colesterol alto, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral e estar acima
do peso comprometem a saúde vascular. Como os vasos sanguíneos no cérebro
enfraquecem ou tornam-se frágeis com a idade, eles começam a vazar, o que
permite componentes do plasma, incluindo autoanticorpos, dentro do cérebro. Lá,
esses autoanticorpos podem se ligar aos neurônios e acelerar o acúmulo de
depósitos de beta amiloide, uma característica da patologia de Alzheimer.
O exame de sangue desenvolvido por Nagele também tem se mostrado
promissor na detecção de outras doenças, incluindo Parkinson, esclerose múltipla
e câncer de mama. A pesquisa de sua equipe sobre o papel dos autoanticorpos
explica que:
– Todos os seres humanos possuem milhares de autoanticorpos em seu
sangue;
– Esses autoanticorpos ligam-se especificamente a restos celulares
transmitidos pelo sangue, gerados por órgãos e tecidos por todo o corpo;
– O perfil de autoanticorpos de um indivíduo é fortemente influenciado
pela idade, sexo e presença de doenças ou lesões específicas; e
– Doenças causam mudanças características nos perfis de autoanticorpos
que, quando detectadas, podem servir como biomarcadores que revelam a presença
da doença.
– O perfil de auto-anticorpos de um indivíduo é fortemente influenciado
pela idade, sexo e presença de doenças ou lesões específicas; e
– Doenças causam mudanças características nos perfis de autoanticorpos
que, quando detectadas, podem servir como biomarcadores que revelam a presença
da doença.
Hoje, não há nenhum teste de sangue definitivo aprovado pela FDA para a
doença de Alzheimer, que afeta um número estimado em 5,3 milhões de
norte-americanos. Ela está entre as 10 principais causas de morte nos Estados
Unidos.
Fonte: http://www.labnetwork.com.br/
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